segunda-feira, 4 de julho de 2011

Quantos anos viverei?


      Só saberei no leito de minha morte. Não sei por quanto tempo vou continuar nesse mundo, vivendo e aprendendo. Mas não reclamo por não ter essa resposta. Sei que viverei o suficiente para entender o que preciso entender e para aprender o que preciso aprender. Só temo não conseguir viver tudo aquilo que eu quero viver. Tenho muitos planos para minha vida. Alguns dificílimos de se realizar, outros nem tanto. Nenhum desses sonhos é impossível, porque, segundo um grande amigo meu: “o impossível é só algo que demora mais para acontecer”, ou seja, esses sonhos dificílimos só vão dar mais um pouquinho de trabalho para se concretizar. Mas eu tenho medo desse tempo necessário para que eles se concretizem. Tenho medo de não viver o bastante para realizar alguns desses sonhos, medo de nunca os ver se tornando realidade. Ainda sou jovem, e essa é uma preocupação por demais boba para minha cabecinha de adolescente revolucionário, mas eu fico inquieto ao lembrar disso. A vontade que eu tenho, a força com que alimento esses sonhos, tudo isso me torna muito apegado à vida e temeroso à morte . Tornar-me apegado à idéia de viver para realizar meus sonhos, de batalhar para que tudo o que eu sonho se torne realidade. E, mesmo tendo medo, mesmo sem saber por quanto tempo vou estar aqui, eu já agradeço a chance de ter vivido o que vivi, por conseguir o que consegui, e vou continuar lutando para conseguir tudo aquilo que eu quero. É assim que devemos encarar a vida: respeitosos e temerosos, mas sem nos entregarmos ao medo, mostrando a cara à tapa e indo até o fim. Não é o medo da morte que vai me privar das coisas belas da vida, que vai me tornar cego diante de tantas belezas e maravilhas. Enquanto eu estiver aqui, vou lutar, batalhar, jamais me renderei. Vou fazer de tudo para que meus sonhos se tornem a minha futura realidade.