quarta-feira, 29 de junho de 2011

Retrospecto intuitivo emocional.

     Rolando na cama, insone, entre um pensamento nonsense e outro, me vieram algumas imagens da minha infância na cabeça. Infância feliz, leve, afinal, essa é a infância...

     Época das nossas vidas em que a felicidade é apenas um brinquedo novo ou uma ida ao parque de diversões, não há faculdade, problemas familiares ou financeiros (salvo exceções), a maior preocupação de uma criança é se ela vai ser escolhida pro time de futebol ou vôlei na hora do recreio, ou se vai ter algo gostoso para o almoço, enfim. Infância cheia de inocência e pureza em relação a tudo, também cheia de bondade, coisas que vão sendo deixadas de lado com o passar do tempo e o conhecimento da "vida como ela é", coisas que vão sendo substituídas por ódio, ganância e egoísmo, ao mesmo tempo que descobrimos coisas sobre o nosso corpo que jamais imaginaríamos até então.

     Olhando bem os dias atuais, acho que essa pureza característica da infância está sendo esquecida. Vejo diariamente crianças xingando outras, sem ao menos saber o que aquilo significa, ou até pode ser que saibam,  já que as crianças do Século XXI já sabem muito bem o significado de algumas palavras que eu nem fazia ideia de que existiam quando era da sua idade, e também sabem muito bem a utilidade reprodutiva do órgão que carregam entre as pernas. Na minha época de infância, uma bola era bastante para me entreter por horas, eu não precisava de IPhone ou um Videogame de última geração para me sentir feliz. Outra coisa que parece estar sendo perdida com o tempo é o respeito e admiração que as crianças têm pelos pais, vejo constantemente crianças berrando com os mesmos, até mesmo os xingando, por qualquer futilidade. Não sei vocês, mas quando eu era criança, tinha meu pai como uma espécie de Super Homem, e hoje o vejo como um homem que não tem super poderes, mas deveria ser chamado de Super pelo que faz pela sua família, minha família.

     Enfim, gostaria de que você, leitor, que tem filhos, tomasse um pouco de cuidado com o que o seu filho vê na televisão ou na internet, pois aquilo pode estar "contaminando" a cabeça de seu filhote, filhote esse que você tanto tenta proteger do mundo e da "vida como ela é".

Espero que tenham gostado. Obrigado

segunda-feira, 13 de junho de 2011

Rotulação


Por que nos rotulamos? Por que insistimos em nos definir? Será que realmente possuímos um limite, um patamar máximo de evolução do qual não podemos passar? Não acredito que tenhamos vindo ao mundo para sermos apenas mais um entre sete bilhões. A verdade é que todos nós somos capazes de coisas incríveis, de feitos inimagináveis. O único problema é que nós nos encontramos limitados por uma realidade que nos faz acreditar que não somos diferentes dos demais. Que nós não somos capazes de algo novo, extraordinário .Fazem-nos engolir que é impossível mudar, fazem nossa cabeça a ponto de nós acreditarmos que o comum, o normal, é tudo o que nós podemos alcançar. O pior: nós aceitamos isso com um sorriso na cara. Aceitamos a condição de sermos mais um na multidão, sem sequer demonstrar qualquer reação à normalidade que nos é imposta. Por quê? Por que temos medo de sermos diferentes. Temos medo das críticas, das gozações, das perseguições. Sentimos o pavor de não ser aceitos pelos “normais”. Não temos coragem de dar a cara à tapa. Falta-nos atitude para corrermos atrás de tudo aquilo que pode ser nosso, falta-nos a coragem para acordar e mandar o mundo ao nosso redor se fuder. Temos que acreditar mais em nós mesmos, e menos nas palavras dos outros. Atitude de vencedores, cabeça erguida, confiança no que nós somos e correr atrás dos nossos sonhos. Nós somos aqueles que decidem nossos destinos, aqueles que criam os nossos caminhos. Ninguém mais pode nos colocar no caminho certo para vitória. Acredite em você, corra atrás e seja único. Você consegue.

sexta-feira, 10 de junho de 2011

Evolução?


Por que crescemos? E por que chamamos essa fase de mudanças de “crescer”, se muitos de nós mudamos para pior, esquecendo boa parte daquilo que é essencial, nos desvirtuando de tudo que é certo e aprendendo a trilhar um caminho errado? Não vejo crescimento nisso, apenas regressão. Só vejo a destruição da nossa essência, que é substituída pela corrupção que a sociedade nos obriga a aceitar. Perdemos-nos nesse caminho, aprendendo tudo o que nos faz ser o que não devemos ser, nos moldando no “padrão errado” de seres humanos. Vi, há um tempo, uma criança, uma garotinha com seus 6 anos, recolhendo todas as latas, garrafas, todo o lixo que estava jogado no chão. Perguntei o que ela estava fazendo, e com a maior inocência que já vi na minha vida, ela respondeu: “ajudando a salvar o planeta”. De início, eu apenas ri. Depois, uma vergonha terrível me abateu. No que eu me transformei? Onde foi que deixei essa vontade de mudar, de ajudar, e como eu pude esquecer esse caminho, essa inocência que move essa garotinha, a ponta de ela não ligar se o que ela faz ajudará ou não a mudar o mundo...? Não tenho tanta certeza se cresci, se o fato de saber falar bonito e estar politizado me torna mais maduro. Acho que, no fundo, não sou metade do homem que era aos meus 4, 5 anos, quando ainda acreditava que poderia mudar alguma coisa desse mundo em decadência...